Este artigo tem como objetivo apresentar e discutir o campo da Ciência da Informação no Brasil em seus aspectos colaborativos, a constituição de liderança na área, bem como a identificação de uma agenda nacional de pesquisa. A abordagem foi realizada a partir da adoção da análise de redes sociais (ARS), do estudo bibliométrico em três periódicos – Datagramazero, Perspectivas em Ciência da Informação e Ciência da Informação – no período de 2002-2007, e de entrevistas semiestruturadas. Concluiu-se, que após 40 anos de institucionalização do campo, a Ciência da Informação toma a si própria por objeto de estudo em virtude do esforço de consolidação do campo científico. A CI apresenta uma distribuição desigual entre os temas de pesquisa que se pode notar pela oscilação, influência e reflexos do diálogo interdisciplinar e transdisciplinar com outras áreas do conhecimento. Tais elementos impactam a estruturação de uma agenda nacional de pesquisa que esteja em consonância com as tendências internacionais. Ressalta-se ainda que a liderança da área mostrou-se pulverizada quando observada sob os aspectos políticos, intelectuais e sociais.